Redes Sociais: Até quando você vai aceitar depender delas para crescer?

Precisamos falar sobre a ainda surpreendente popularidade das redes sociais como alavanca de crescimento de negócios digitais e o que isso significa para você que planeja ter mais visibilidade e se tornar uma referência na sua área de atuação.

Este ano fiz uma pesquisa com a minha audiência com 3 perguntas.

Uma delas era perguntando que tipo de ajuda elas precisavam em seus negócios. Dei as seguintes opções:

  1. Criação e Ideias de Conteúdo para Redes Sociais
  2. Criar novas ofertas e serviços para ganhar dinheiro de outras maneiras
  3. Ter mais visibilidade para se tornar uma referência na sua área
  4. Ter mais confiança em si mesma para ocupar seu lugar no mercado

Lembro que ao enviar a pesquisa, imaginei que a opção mais votada seria a primeira, justamente porque a maioria das pessoas busca consultoria ou mentoria de marketing porque não sabe o que postar para ter mais engajamento, mais clientes, e acima de tudo, entender como se beneficiar do algoritmo.

Mas essa não foi nem de longe a opção mais votada. 63% dos participantes votaram na opção 3.

Isso significa que mais da metade das pessoas que responderam a pesquisa sentem que precisam de ajuda para ser uma referência em sua área e ter mais visibilidade online.

Esse resultado me intrigou e ao mesmo tempo me motivou a buscar respostas, ideias e soluções para esse problema.

Minha audência e clientes são, quase em sua totalidade, empreendedores conscientes, donos de um pequeno negócio individual baseado em serviços. São pessoas que já estão bastante familiarizadas com o empreendedorismo, suas dores, delícias e em bastante em paz com a realidade de que precisam da internet para crescer e ter novos clientes.
Ou seja, eles já entenderam que precisam ter uma presença digital ativa e que saber como esse ambiente funciona é uma grande vantagen competitiva. E é por isso que investem tanto em aprender estratégias e táticas de marketing, branding e comunicação, seja em cursos online ou em mentorias e consultorias em grupo ou individuais.

Ao ver o resultado da pesquisa fiquei com um questionamento muito pertinente pulsando na cabeça por vários dias:
Como pode ser que essas pessoas que sabem o que precisam fazer online porque estão sempre estudando, aprendendo e fazendo o que precisa ser feito, continuam precisando de ajuda para ter mais visibilidade para se tornarem referências em suas áreas?
Por que ainda é tão difícil para elas, romper a barreira da visibilidade?
Por que, mesmo sabendo o que precisa ser feito para seu negócio crescer no digital, ele não cresce como elas gostariam?
O que de fato precisa acontecer para que elas consigame ter mais visibilidade e consigam se tornar uma referência em suas áreas?

Essas perguntas ressoaram e reverberaram porque eu também me vi e me vejo neste lugar.

Comecei meu negócio em 2017 e nunca parei de estudar formas de me libertar do marketing agressivo e manipulador, das redes sociais e suas regras insanas, da convenção que se tornou o ambiente digital para quem empreende e quer viver de um negócio online.

Essa busca é contínua e é um grande desafio que coloco como missão.
Sei que podemos construir novos caminhos, caminhos mais saudáveis, mais possíveis e sustentáveis para nossa presença digital. Esse é o meu chamado: ajudar as pessoas a encontrar novas formas, uma solução diferente para um problema comum.

Tenho certeza que este ensaio vai te deixar mais perto de entender:

a) porque ainda é tão desafiador crescer através das nossas ideias inovadoras e que transformam as pessoas.

b) o que é preciso fazer para mudar essa realidade e começar a ter resultados sem depender das redes sociais.

Quero tentar responder meus próprios questionamentos, compartilhando alguns choques de realidade que eu tive, continuo tendo e que vão mudar sua forma de pensar sobre o papel das redes sociais no seu negócio.

Se este ensaio fizer muito sentido para você, venha fazer parte da minha lista de emails para sempre estar próximo dos meus melhores conteúdos, ensaios, ideias e cursos.

Choque de Realidade #1: Acredite. Não está bom pra ninguém mesmo.

Antes de mais nada, posso afirmar que a maioria das pessoas não está tendo resultados com estratégias nas redes sociais (não é só você). A época onde as redes sociais davam resultados extraordinários com pouquíssimo esforço acabou há pelo menos 10 anos.

A arquitetura das redes sociais hoje é desenhada para que todos criem muito, o tempo todo e fiquem o máximo de tempo online para talvez, ter uma chance de aparecer para mais pessoas passando pelo filtro de um algoritmo que nunca vamos saber como funciona.

O resultado disso você já vê: uma inundação de conteúdos brigando pela nossa atenção o tempo todo.

As redes sociais se vendem como “ferramentas úteis e gratuitas para expandir seu negócio”, mas na verdade sabemos que não é bem isso. Se você parar para olhar, nos bastidores e no dia a dia, elas mais prejudicam os sonhos e projetos da maioria das pessoas, do que ajudam.

Faz tempo que estamos sendo condicionados a trabalhar mais, tentar provar nosso valor para o algoritmo para conseguir um pouco mais de atenção e é possível perceber isso no comportamento das pessoas.

Há uma crença coletiva e cega de que só é possível ter um negócio próspero se usarmos as redes com excelência e consistência, quanto mais conteúdo, melhor para o negócio. E essa crença se transformou no modus operandi da maioria. Um mecanismo que te leva a acreditar que você tem que fazer o mesmo que todo mundo, mesmo quando fazer isso não faz sentido nenhum para você.

É a grande mentira bem contada: A empresa cria um espaço “gratuito” que promete te ajudar a ter visibilidade, te estimula a criar conteúdos para ela de graça, finge que te ajuda compartilhando “dicas” de como funciona o algoritmo (alô Mosseri) mas nunca dizendo exatamente como é e quando está entupida de conteúdos, eles te cobram para que o que você posta seja mostrado para “as pessoas certas”.

Não é novidade para ninguém, a essa altura da história da humanidade, tudo o que o monopólio digital faz para manter as pessoas como “usuárias” das redes. Já temos vários estudos, documentários e conteúdos que expõe essa realidade para quem quiser ver.

Todos eles nos mostram a mesma verdade: Nós somos o produto das redes sociais.

As gigantes como o Meta (Facebook, Instagram, Whatsapp) vendem nosso tempo e atenção para quem pagar mais – leia-se, você mesmo e empresas que pagam pelos anúncios porque querem que a gente compre seus produtos.

Imagino que você deve estar pensando: Ana, eu sei disso! Mas essa é a realidade, as redes estão aqui para ficar e eu preciso delas para crescer.

Será? Quero falar…

Choque de Realidade #2 – Sua propriedade intelectual vale muito, mas nas redes sociais ela não vale quase nada.

A propriedade intelectual é a propriedade mais explorada e ao mesmo tempo mais subestimada que existe. É praticamente a única coisa que as pessoas tem, que fica cada vez mais valiosa quanto mais se usa e incrivelmente dentro das redes sociais, quanto mais você mostra, menos ela vale.

Como comentei mais acima, meus clientes são pessoas que tem como objetivo de negócio construir uma marca onde elas são uma referência: alguém que é reconhecido como uma autoridade em um campo específico de conhecimento ou área de atuação e que influencia outras pessoas através de suas ideias, opiniões e perspectivas inovadoras nesse campo. 

Ser essa pessoa significa ser um Líder de Pensamento.

Quero apresentar esse termo, caso ainda não conheça, para que fiquemos na mesma página.

A missão de um Líder de Pensamento é guiar os pensamentos das pessoas para um novo lugar. É trazer suas experiências, perspectivas e ideias que podem ajudar as pessoas a solucionarem de um jeito novo, velhos problemas.

Para o Líder de Pensamento o trabalho dentro do marketing digital é produzir conteúdos que impactam as pessoas profundamente, a ponto de elas ficarem pensando no que foi dito muito tempo depois de ter consumido o conteúdo. É com isso que quero ajudar.

Quero que perceba que nas redes sociais, você não consegue fazer isso.

Acredito que conheça o termo depreciação. Caso não, segue a definição: Depreciação é todo processo de desvalorização que afeta o valor de um bem com o passar do tempo, como o desgaste e a obsolescência.

A depreciação é fácil de entender quando você compra um carro zero km por exemplo.

No minuto que você sai da concessionária, o valor que você pagou pelo carro não será o mesmo se você decidir revendê-lo imediatamente. O valor dele diminui significativamente. As estimativas são de que a cada ano de vida, um carro perderá 20% do seu valor até chegar a 0.

Então, se você tem dinheiro para investir, provavelmente comprar um carro não será sua prioridade, porque a única certeza é a de que ele vai perder valor.

Interessante pensar que um outro ativo que deprecia rapidamente e com o qual você provavelmente lida diariamente, é o conteúdo que você cria para as redes sociais.

Cada conteúdo que você cria é baseado na sua propriedade intelectual: um conhecimento que você adquiriu durante a vida através de experiências, estudos, leituras e aprendizados.
Esse conhecimento vale muito e continua se valorizando a medida que você vai evoluindo na sua área e consequentemente cada novo conteúdo que você cria, aumenta seu valor.

E aqui está o problema: No minuto que você posta no Instagram, seu conteúdo tem apenas algumas horas de valor, até cair no esquecimento. Então quando você prioriza publicação de conteúdos nas redes sociais, está priorizando criar conteúdos cujo valor diminui muito rápido.

Existem estudos (este e este) que demonstram a média da vida útil de um post em cada rede social, e vou resumir aqui:

TikTok e Twitter perdem valor em 15 minutos se não viralizam.
Instagram esgota toda a atenção e engajamento depois de 21 horas da postagem.
LinkedIn expira em 48 horas.
Pinterest e YouTube, que são considerados buscadores, a vida útil dos conteúdos chega a meses, ou um ano ou mais.
Já os artigos de blog recebem a atenção de visitantes e engajamento durante 2 anos.

Quando você olha para esses números fica claro que a única certeza que você tem ao depender das redes sociais é a de que sempre vai ter que criar mais e mais conteúdo para que sua mensagem chegue a mais pessoas.

É como nos videogames (quem joga e quem tem filhos sabe!): a cada nível surgem novas regras que requerem novas habilidades que você precisa ter para continuar jogando.
As coisas que você fez nas primeiras fases do jogo não são suficientes para passar da próxima fase, então você fica o tempo todo adivinhando, jogando e gastando tempo para encontrar o caminho ou o hack.

Some-se a este “jogo” o fato de que nas redes sociais as empresas não querem que você encontre o hack de jeito nenhum. O objetivo é nos manter jogando e fazendo o trabalho (criando conteúdos que se depreciam em horas) de graça.

Porque a real é que se os conteúdos demorassem mais para depreciar, semanas ou meses por exemplo, nós não usaríamos tanto assim a plataforma.
Mas como esses conteúdos perdem valor em poucas horas, nos sentimos em dívida e achamos que precisamos colocar cada vez mais do nosso tempo na plataforma para que ela funcione a nosso favor.

O modelo de negócio deles é muito claro:

Nós (eu e você) criamos o conteúdo (mão de obra) → O que significa que somos nós que criamos valor para a plataforma → também somos nós que temos nossa atenção e dados usados/vendidos como o produto → e a nossa atenção está sendo vendida para nós mesmos e para empresas que querem que nós compremos mais produtos.

Talvez, como eu, você fique muito incomodado com isso.

Ou talvez você olhe para isso, ache normal e pense: “Mas gente, vivemos em um mundo capiltalista, estamos falando de negócios e as pessoas estão escolhendo fazer parte disso. Ninguém está forçando ninguém a estar lá.”

Por mais que esse argumento seja tecnicamente correto, na minha opinião ele está longe de representar o tamanho da enganação, exploração e coisas ruins que essas plataformas geram no mundo.

Mas calma! Eu não estou falando isso para que você faça um boicote e pare de usar as redes sociais.

Meu intuito é te trazer uma alternativa, um caminho que sirva mais a você e ao seu negócio do que ao negócio bilionário das redes sociais.

Choque de realidade #3 – Está na hora de você começar a investir em algo mais importante do que crescer seu perfil no Insta…

Ainda que sejamos explorados pelas redes sociais, a internet continua sendo um dos lugares mais propícios para compartilhar nossas ideias e aprendizados.

É momento de parar de se perguntar “Como posso crescer meu perfil para ter mais clientes e visibilidade no Insta?” e começar a se perguntar “Como faço para criar um lugar onde possa colocar minhas ideias de um jeito que gere um impacto ilimitado através de publicações que perduram no tempo (textos, audios, vídeos) e por causa desse impacto, minhas redes sociais cresçam?”

Acredito que você, eu e muitas das pessoas que me acompanham querem ser remuneradas pelas suas ideias e formas de pensar, porque sabemos o quanto elas ajudam outras pessoas a pensar diferente e a transformar suas vidas.

Queremos ser remunerados pela transformação que geramos e entregamos e não pelas horas trabalhadas.

Na era da Inteligência Artificial e de um mar de pessoas competindo por atenção online, se você é um Líder de Pensamento com ideias significativas para compartilhar:

  • Tentar competir com todo mundo em quantidade é loucura porque nunca será suficiente.
  • Tentar competir em qualidade pode eliminar algumas pessoas, mas também não é suficiente para sustentar o negócio.
  • Mas competir em posicionamento*, relevância*** e com uma plataforma estratégica*** que você constrói para sustentar sua liderança de pensamento é um jeito muito melhor de gastar sua energia.

*Posicionamento significa colocar suas ideias onde elas possam ser mais aproveitadas: em livros, artigos em seu site, vídeos no YouTube, ensaios, posts como convidado em publicações importantes, etc.

**Relevância significa que, como muitos de seus seguidores serão clientes de livros, participantes de workshops ou pessoas que você selecionou cuidadosamente para exibir seus anúncios, suas conexões on-line sentirão que seu conteúdo é muito relevante para elas. Elas estarão mais propensas a compartilhar suas ideias, seu trabalho e comprar de você do que um seguidor que acabou de chegar no seu perfil nas redes sociais.

E uma ***plataforma estratégica significa construir uma estrutura, compatível com seu tipo de liderança de pensamento e que sustente sua vida.

E quando você junta tudo isso, o resultado esperado é esse aqui:

  1. Seu Perfil nas redes sociais cresce constantemente como resultado de outro trabalho que você está realizando, que é mais duradouro e perene no tempo.

  2. As conexões que chegam nas suas redes são quase exclusivamente de pessoas que te encontraram depois de se conectarem com suas ideias em outro lugar (como no seu site ou no seu livro ou no seu podcast).

  3. Os anúncios que você faz são super direcionados para as pessoas que você quer impactar e por isso o gasto é mínimo. Nesses anúncios o que expõe são suas ideias, pensamentos, ponto de vista e não um produto num formato de vendas “chato”.

  4. Postar no Insta/TikTok/LinkedIn é opcional e serve mais para plantar e desenvolver suas novas ideias, do que para conquistar novos clientes.

Você e suas ideias merecem um modelo de marketing e de negócio construído para um Líder de Pensamento baseado no Slow Marketing e não em postar constantemente nas redes sociais.

Para quem sonha em usar cada vez menos as redes sociais e espera que cada artigo de blog, vídeo do YouTube, episódio de podcast, livro ou cada post nas redes sociais que publica tenha uma eficiência máxima, é preciso aplicar outra estratégia.

O Slow Marketing tem se mostrado extremamente útil para quem busca visibilidade através de suas ideias, perspectivas e experiências.

Quando aplico o Slow Marketing para Líderes de Pensamento, planejamos os passos e ações que fazem sentido para o crescimento de sua visibilidade e negócio, baseados em:

  1. Plataforma: Sua história e experiência contadas de um jeito que faça sentido para as pessoas e que demonstram sua propriedade, criando o espaço pelo qual você quer ser conhecida.
  2. Nicho & Mensagem: Exercícios focados em construir as melhores mensagens para as pessoas que você quer impactar com suas ideias.
  3. Modelo de Negócio: Criação de um Ecossistema de Negócio para ter uma renda básica com sua Liderança de Pensamento.
  4. Marketing de Conteúdo: Implementar uma abordagem slow e sistemática para o marketing de conteúdo, de forma estratégica e definida especificamente para preencher o seu Ecossistema de Negócio.

É hora de deixar que os influenciadores se preocupem em analisar curtidas, seguidores e quantas vezes eles precisam postar um novo reels por dia.

Você é um Líder de Pensamento e vai analisar quando as pessoas salvam suas ideias, clicam nelas e utilizam essas ideias para transformar suas vidas ou negócios. Você acompanha a transformação e as vendas. Para você a estratégia é outra, mais consciente, mais duradoura e desenhada especificicamente para aumentar nosso impacto agora e no longo prazo.

Em breve estarão abertas as inscrições para o Curso Intensivo de Slow Marketing para Líderes de Pensamento, e você pode entrar na lista de espera clicando aqui, e será avisado em primeira mão.

Se esse conteúdo fez sentido e te fez refletir sobre qual o real papel das redes no seu negócio ou até mesmo confirmou que você não está sozinha quando sente ranço pelas redes sociais, compartilhe esse artigo, comente e vamos conversar sobre isso!

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