Slow Business e a busca pelo negócio perfeito

Recentemente fiz uma pesquisa com minha pequena audiência e coloquei um espaço que dizia “se você pudesse me fazer qualquer pergunta, qual seria?”

As perguntas foram excelentes e me trouxeram insights importantíssimos em relação à direção que quero dar para meu trabalho.

No entanto me chamou a atenção o quanto estamos condicionados a acreditar que é possível ter um negócio perfeito, que roda sozinho, que equilibra a vida financeira e que mesmo sem grandes investimentos dá grandes resultados.

Quero começar com esse choque de realidade, mas com amor, de que o negócio perfeito não existe.

Aquele estável, que roda sozinho, para você ficar nas Maldivas tomando drinks e o dinheiro entrando na conta… Da mesma forma que não existe “almoço grátis”, não existe resultado sem você investir algo – tempo, dinheiro, energia, atenção…

Para mim, um negócio, assim como a vida, é feito de ciclos que se complementam, criando o conjunto da obra.

Não se trata de buscar ações específicas e isoladas que se transformarão na peça que faltava para o sucesso total.

Se trata de buscar a melhor forma de lidar com um caminho cheio de coisas que acontecem: algumas boas e algumas ruins. O que vai mudar o resultado é como a gente reage, aprende e interage com tudo isso.

A única constante é que ter um negócio dá trabalho, e o tanto de trabalho que você está disposto a entregar é diretamente proporcional ao resultado que você terá.

Isso significa que quanto mais tempo, energia, dinheiro e dedicação você investir no seu negócio, mais resultados positivos ele vai dar.

Agora, isso quer dizer que você precisa se matar de trabalhar? Se essa for sua escolha, sim. Mas também não significa que estará fadado ao fracasso porque não está se matando de trabalhar.

Quando recebo uma pergunta como esta: “Como viabilizar um negócio, ampliando visibilidade, crescimento, engajamento, vendas e faturamento suficiente para se manter em um prazo menor do que 5 anos?” – sei exatamente de onde ela vem.

Ela vem da nossa fixação por alcançar grandes objetivos e ter “sucesso”, o mais rápido possível.

Vem da história que nos contaram de que qualquer meio pode ser usado para se chegar a um resultado, e que nosso objetivo é encontrar esse meio.

Vem de estar em busca de um solução rápida e linear, em um mundo sinuoso e confuso.

Mas a resposta para mim é uma só: Consciência.

Meu trabalho e a filosofia Slow é 100% baseado em consciência.

Quanto mais consciência você tem de quem você é e o que acontece ao seu redor, mais vai entender o que é ou não é possível, viável, aceitável, real, principalmente quando o assunto é o seu negócio.

É o seu grau de consciência que vai determinar o quanto o seu negócio é bem sucedido.

O negócio perfeito, vai muito além de visibilidade, engajamento e vendas no curto prazo.

Para mim ele passa primeiro por estas questões:

  • Qual visão tem para sua vida?
  • Quais suas prioridades?
  • Quem sua visão exige que você se torne?
  • Para quais desafios você precisa dizer sim?
  • Qual papel quer que seu negócio tenha na sua vida? E no mercado?
  • Que tipo de relacionamento quer ter com seu negócio?
  • Quem seu negócio precisa que você se torne para que ele seja um negócio de sucesso?

Se eu olhar para meu negócio hoje, considerando as métricas engajamento, visibilidade, vendas eu não terei alcançado o negócio perfeito, muito menos de sucesso, para a sociedade que vivemos.

Mas se eu olhar para meu negócio considerando minhas prioridades, os desafios que tenho capacidade de assumir, o que quero que meu negócio represente na minha vida, sendo mulher e mãe, aí sim posso afirmar que tenho um negócio perfeito, neste momento.

Ele pode melhorar? Ele vai melhorar. Mas ele vai evoluir de acordo com o que acontece dentro de mim e ao meu redor. E para agir de acordo com tudo isso e meu negócio continuar sendo a melhor versão dele agora, é preciso muita consciência.

O negócio perfeito nada mais é do que um negócio alinhado com nossos valores, expectativas e capacidades em um momento específico da nossa trajetória.

Isso vai mudar, constantemente, porque o mundo não é linear.

Ter consciência é a chave para saber para onde estamos indo e ao mesmo tempo entender que existem passos para chegar lá, dentro de um espaço de tempo.

E aí, desse alinhamento consciente, é que surge a estratégia de como divulgar, vender e estruturar tudo. É assim que eu encaro meu negócio e como ensino meus clientes a encarar o deles.

Mas e se meus sonhos e as expectativas forem altas? Vou ter que diminuir para caber no agora?

Os sonhos e as altas expectativas são necessários. Eles são o combustível de tudo isso.

Mas cuide para que seu nível de consciência acompanhe a altura dos seus sonhos e expectativas.

Quanto maior o sonho, mais consciência vai precisar, para ter a clareza dos passos que te levarão à realização deste sonho.

Me fale se você concorda com essa forma de pensar e como anda por aí seu nível de consciência!

4 Comentários

  1. Nathalia Reis Teixeira

    Aiii, vou comentar em todos os artigos e dizer que estou feliz demais em ler seus conteúdos! Queria ter encontrado esse isso no começo pois teria me poupado tempo, energia, dinheiro e lágrimas. O mercado tradicional vende pra gente que se não estamos bem sucedidos, o problema é com a gente! Bullshit!
    Criar e manter um negócio independente do tamanho exige muito e essa cilada de que vamos ficar ricos do dia pra noite quando chegarmos na fórmula mágica apenas consome nossa autenticidade e autoconfiança. A gente deixa de fazer o que realmente quer e precisa, para seguir regras e fórmulas de outras pessoas na ilusão de que falta apenas uma chavinha ou acertar o público certo. O que falta mesmo é consciência, estratégia, planejamento, consistência!

    Responder
    • Ana Paula Fragoso

      Verdade Nathalia. A consciência é o primeiro passo e que vem depois fica muito mais fácil!

      Responder
  2. Jack

    O negócio perfeito nada mais é do que um negócio alinhado com nossos valores, expectativas e capacidades em um momento específico da nossa trajetória.

    Maravilhoso Ana, amo ler você e sua forma de colocar as palavras. São com amor e muito transparentes.

    Eu acredito muito nisso e tenho feito passos muito conscientes. Para alguns passos para trás, menos focados em grandes sucessos, mais pensados em fazer a diferença na minha vida mesmo e na das pessoas ao meu redor. Gratidão por compartilhar.

    Responder
    • Ana Paula Fragoso

      Jack, obrigada pela sua presença por aqui! Espero continuar contribuindo com estas reflexões.

      Responder
Enviar um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

×