Marketing não é venda. Marketing é filtro.
Este é um dos principais pilares do Slow Marketing. E por mais que você já tenha me ouvido falar isso uma outra vez, continuo vendo muita gente acreditando que o marketing é a tábua de salvação do negócio.
Neste artigo, expliquei com mais profundidade o que significa ter marketing como filtro do seu negócio, e qual o impacto disso na sua vida.
Marketing é só uma parte do todo, não o todo.
Marketing é necessário para qualquer negócio. É uma área importantíssima e que com a tecnologia ganhou espaço e protagonismo. Seja no ambiente corporativo ou fora dele, o marketing se transformou no queridinho de todo mundo.
Mas esse excesso de atenção tem seu preço.
Estamos vivendo uma realidade onde mais e mais pessoas acreditam que o que oferecem importa menos do que o “marketing matador” que vai fazer tudo vai funcionar.
O mercado está aí para confirmar, de forma bastante persuasiva e manipuladora, que realmente este é o caminho mais fácil para ser milionário hoje.
Mas a crença de que ter um negócio de sucesso é sinônimo de ter um marketing matador, que converte e vai te proporcionar seus primeiros milhões faz com que todo seu foco e energia sejam colocados em uma única área do negócio – o marketing – quando de fato um negócio forte é composto de muito mais do que isso.
O negócio autoral é o que mais sofre para fazer marketing
Pessoas que querem trabalhar vendendo seu conhecimento através de serviços para outras pessoas ou empresas, são aquelas que mais sofrem quando acreditam no marketing como salvação.
Ao se deparar com um ambiente cada vez mais acelerado, com a atenção das pessoas cada vez mais escassa e tendo nas mãos um produto/serviço que é difícil de explicar, os donos de negócios autorais se rendem aos hacks e macetes do marketing, esperando destes, um milagre.
Se jogam de peito aberto nesta jornada de criação infinita de conteúdo, stories, reels, podcasts e lives, com pouca ou nenhuma estratégia, repetindo e modelando o que os outros estão fazendo e chegando na mesma conclusão: não era isso que eu queria estar fazendo!
Até conseguem resultados no curto prazo – mais audiência – mas não conseguem manter o ritmo, tomando raiva do marketing, das redes e de tudo o que esse trabalho significa.
Donos de negócios autorais sofrem porque esse tipo de marketing não foi desenhado com eles em mente. Não foi feito para pessoas que são conscientes do impacto que causam com suas ações – tanto no mundo, quanto nelas mesmas.
Continuar replicando essa realidade só vai nos afastar do que mais precisamos: um negócio que funcione e nos sustente no longo prazo.
Por isso é tão importante começar a entender que o marketing é uma parte importante do negócio, mas não deve ser a única coisa. E que também, não fazer nada prejudica os resultados.
Como encarar o marketing?
Se marketing não é o que vai salvar o negócio, o que fazer?
Comece entendendo que ele é um departamento que faz parte do todo, assim como o departamento de vendas e o financeiro, por exemplo.
Passo seguinte é perceber que tudo o que você sabe sobre seu negócio, sua história de vida, o que estudou, o que quer oferecer e proporcionar para as pessoas, é o que vai compor seu marketing e o que vai comunicar para as pessoas o que elas precisam saber para entender se o que você oferece é para elas.
Depois, olhe para o marketing como a área que tem um propósito único: o de levar as pessoas certas até a porta do seu negócio.
E isso acontece quando você dá ao Marketing, suas funções reais de: chamar a atenção das pessoas, estabelecer compatibilidade e diminuir o risco para que elas dêem o primeiro passo.
Vamos entender melhor?
Chamar a atenção das pessoas
Você sabe o que é estar na pele de alguém com o problema que você ajuda a resolver. Você enxerga as dificuldades, os motivos pelos quais ela não consegue sair do lugar, as coisas que ela talvez não tenha visto ou considerado ainda.
Você sabe, porque talvez tenha passado por isso ou tenha tido experiências suficientes – e provas – de como é viver em um lugar onde a luta com aquele problema é diária.
Para que as pessoas parem para ler o que você tem a dizer, é preciso que elas enxerguem que você sabe o que está acontecendo naquele momento de dificuldade e como é passar por isso.
Elas te darão atenção se enxergarem a si mesmas em sua palavras e virem em você alguém que tem um plano para tirá-las deste lugar onde as coisas não estão bem.
Seu marketing tem esse primeiro papel. O de comunicar claramente: Eu sei que você está lutando com isso e talvez eu tenha um caminho que possa servir para te tirar daí.
Estabelecer Compatibilidade
Definitivamente o que você faz não é para todo mundo e se você ainda está achando que sim, nem perca mais tempo estudando Slow Marketing…
Existe um momento certo para você entrar na vida de uma pessoa com a solução que desenhou. Este momento é quando o que você oferece faz extremo sentido para a pessoa e ela esta preparada para entrar nesta jornada com você, por decisão própria.
O papel do seu marketing, depois de ter chamado a atenção das pessoas, é dar a elas as informações que precisam para saber se é mesmo a hora certa de trabalhar com você e mais importante ainda, se é você mesmo a pessoa mais indicada para resolver o problema dela.
Veja aqui a importância de um marketing bem feito.
Comunicar claramente seu ponto de vista, como funciona seu trabalho, quanto custa, o que acredita que é preciso fazer para resolver a questão que ela tem é o que vai fazer com que as pessoas certas decidam comprar, gerando um circulo virtuoso e de prosperidade no seu negócio. São pessoas que terão uma experiência inesquecível e que vão falar de você para outras pessoas e assim sucessivamente.
Diminuir o risco
A transparência é o que traz a segurança de tomar uma decisão compra.
O marketing também cumpre o papel de trazer explicações do que pode ser uma trava para as pessoas comprarem.
Diminuir o risco tem a ver, em primeiro lugar, com a sua segurança sobre o que você faz, a forma como coloca isso na sua comunicação e mostra os resultados para potenciais clientes.
Quanto mais direto, transparente e sem “pegadinhas” for aquilo que você expõe para as pessoas decidirem comprar, mais fácil será a tomada de decisão – para o sim ou para o não.
Importante lembrar que o marketing que filtra é aquele que elimina da equação as pessoas “Talvez” – aquelas que vão ver, pensar, falar com o parceiro/a e que não sabem muito bem para que seu trabalho serve.
O Marketing que filtra tem dois tipos de cliente: o Sim e o Não.
Voilá: O filtro!
Com os três papéis bem definidos e sendo comunicados regularmente e de forma clara, o marketing se transforma naquilo que ele realmente é: um filtro para seu negócio.
Ele vai funcionar de um jeito muito simples:
As pessoas que se identificam com o que você acredita, confiam no que você sabe e entendem o que você faz e como funciona seu trabalho, vão ficar mais perto, comprar e falar de você para os outros.
Ao mesmo tempo, as pessoas que não se identificam ou não entendem o que você faz, irão embora, principalmente por não acreditarem no mesmo que você ou por não estarem no momento certo de trabalhar com você.
E isso impacta diretamente a sua vida
O marketing como filtro é além de tudo um trabalho atemporal, porque é baseado em você e nas coisas que você criou e acredita.
Por isso não importa quanto tempo faz que você colocou um conteúdo no mundo, ele sempre estará filtrando as pessoas, construindo sua reputação no longo prazo.
O impacto disso na sua vida é que todo o marketing que você faz, é mais um tijolinho na espiral de crescimento do seu negócio.
Porque na internet nada se perde, as coisas com o tempo vão ficando mais solidificadas e com isso, seu nome vai criando um histórico, como uma semente plantada em vários lugares.
Esse movimento no tempo, trará frutos com menos esforços e fará com que você fique cada vez menos escravo do marketing digital tradicional.
Fez sentido? Me conte o que achou nos comentários!
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